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Lula recua e nomeia Alckmin como ministro; Centrão pressiona por ministérios após aprovação da PEC

No mês passado, petista disse em Brasília que não indicaria Alckmin para ministério, uma vez que ele "não disputa vaga de ministro porque é o vice-presidente". Com aprovação da PEC da Transição ontem (21), Centrão cobra "fatura" por apoio a Lula.
Sputnik
Na reta final de dezembro, faltando menos de duas semanas para sua posse, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva começa a indicar os últimos nomes para cargos de ministros de seu novo governo.
Um deles foi o anúncio do novo ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, que será o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin. Entretanto, a escolha mostra um "voltar atrás" do petista, visto que em novembro afirmou que Alckmin não chefiaria nenhum ministério.

"Eu fiz questão de colocar o Alckmin como coordenador [do grupo de transição] para que ninguém pensasse que o coordenador vai ser ministro. Ele não disputa vaga de ministro porque é o vice-presidente", declarou Lula, citado pelo G1, no dia 10 de novembro.

De acordo com a Folha de São Paulo, a escolha aconteceu por conta da recusa de empresários para o posto como Josué Gomes da Silva, da Coteminas, e Pedro Wongtschowski, do grupo Ultra, que declinaram do convite.
Ainda hoje (22), o presidente eleito anunciará novos nomes, e algumas indicações são ventiladas pela mídia, como Marina Silva para pasta do Meio Ambiente e Anielle Franco (irmã da vereadora assassinada Marielle Franco) para Igualdade Racial. Ontem (21), Camilo Santana foi escolhido para chefiar o Ministério da Educação (MEC), conforme noticiado.
Até o momento, foram anunciados Fernando Haddad, na Fazenda; Rui Costa, na Casa Civil; Flávio Dino, na Justiça e Segurança Pública; José Múcio, na Defesa; Mauro Vieira, na Relações Institucionais e Margareth Menezes, na Cultura.
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Centrão pressiona através da PEC da Transição

Ontem à noite (21), foi aprovada na Câmara dos Deputados a "tão falada" PEC da Transição, conforme informado. A proposta de emenda amplia o teto de gastos em R$ 145 bilhões para bancar as promessas eleitorais do novo governo, como o Bolsa Família turbinado, e permite mais R$ 23 bilhões em investimentos fora da regra fiscal.
No entanto, para que fosse aprovada "em tempo recorde", Lula contou com apoio do Centrão, que de acordo com o UOL, vai "cobrar" sua ajuda em indicações para ministérios.
Segundo a mídia, o partido União Brasil, por exemplo, apresentou uma fatura pedindo Minas e Energia e Desenvolvimento Regional. Além disso, quer o controle da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), autarquia que até agora recebeu os maiores recursos do orçamento secreto.
Já o Partido Social Democrático (PSD), quer o Ministério da Infraestrutura, que será dividido em dois.
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Ainda de acordo com o portal, juntos, essas pastas terão cerca de R$ 70,6 bilhões para gastar no ano que vem. Só a Codevasf ficará com cerca de R$ 3,5 bilhões, aproximadamente. No novo governo do petista, a estrutura de Desenvolvimento Regional será absorvida por Cidades e Integração Nacional. De olho nesse rateio, o Centrão deseja a pasta que mantiver a Codevasf sob seu gerenciamento.
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