Panorama internacional

Putin felicita Bolsonaro e outros líderes mundiais pelo Ano Novo; 'países hostis' ficam fora da ação

O presidente russo enviou mensagens de felicitações de Ano Novo a presidentes e primeiros-ministros de vários países, sublinhando também os progressos atingidos em 2022.
Sputnik
Vladimir Putin, presidente da Rússia, felicitou nesta sexta-feira (30) vários líderes mundiais pelo Ano Novo de 2023, entre eles Jair Bolsonaro, presidente do Brasil.
"No telegrama dirigido ao presidente da República Federativa do Brasil, o presidente da Federação da Rússia expressou sua satisfação pelo fato de que durante a presidência de Jair Bolsonaro, Moscou e Brasília cooperaram ativamente em plataformas internacionais, especialmente no âmbito dos BRICS, e desenvolveram com sucesso relações bilaterais amigáveis", indicou a declaração do Kremlin sobre o mandatário brasileiro, que deixa o cargo no sábado (31), após eleição em 2018.
Enquanto parabenizava Xi Jinping, presidente da China, "o presidente russo expressou confiança de que, através de esforços conjuntos, será possível levar a cooperação entre os países a um ainda mais elevado nível em benefício dos povos russo e chinês, no interesse do fortalecimento da estabilidade e segurança nas dimensões regional e global", diz a mensagem, acrescentando que em 2022 foram atingidos novos máximos no comércio sino-russo, e também houve sucessos nas áreas política, cultural e esportiva.
Com relação à Turquia, o presidente da Rússia sublinhou o sucesso dos projetos bilaterais atingidos com seu colega Recep Tayyip Erdogan, particularmente na área de "segurança energética regional", como a construção da usina nuclear de Akkuyu e a criação de um centro de gás regional na Turquia, apesar da complexa situação internacional.
"Em seus discursos a Draupadi Murmu, presidente da República da Índia, e a Narendra Modi, primeiro-ministro da Índia, o presidente russo salientou que este ano marcou o 75º aniversário das relações diplomáticas entre nossos Estados, e, com base nas boas tradições de amizade e respeito mútuo, os países continuam desenvolvendo plenamente uma parceria estratégica privilegiada, implementando grandes projetos conjuntos nas áreas comercial-econômica, energética, técnico-militar e outras, coordenando esforços na abordagem de questões importantes da agenda regional e global", disse.
Putin está convencido de que "a presidência da Índia da OCX [Organização de Cooperação de Xangai] e do G20 abrirá novas oportunidades para construir uma cooperação multifacetada russo-indiana para o bem de nossos povos, no interesse de fortalecimento da estabilidade e da segurança na Ásia e no mundo em geral".
Entre os altos responsáveis parabenizados por Putin também estiveram outros Estados-membros da Comunidade dos Estados Independentes (CEI), Nikol Pashinyan, primeiro-ministro da Armênia, Ilham Aliev, presidente do Azerbaijão, Kassym-Jomart Tokaev, presidente do Cazaquistão, e Aleksandr Lukashenko, presidente de Belarus.
O líder russo também desejou boa saúde, felicidade e sucesso a Bashar al-Assad, presidente da Síria, e também paz e prosperidade ao povo sírio, assinalando que seguirá defendendo a soberania e integridade territorial do país árabe, e continuando os esforços para estabilizar a situação no local.
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Aleksandar Vucic, presidente da Sérvia, Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria, Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, e Miguel Díaz-Canel, presidente de Cuba, receberam igualmente mensagens positivas de Vladimir Putin.
Ainda, de acordo com o comunicado, o presidente da Rússia parabenizou pelo Ano Novo o presidente do partido italiano O Povo da Liberdade, Silvio Berlusconi, parte da coalizão governista; Robert Kocharyan, ex-presidente da Armênia (1998-2008); Nursultan Nazarbaev, primeiro presidente do Cazaquistão (1991-2019); Serzh Sargsyan, ex-presidente da Armênia (2008-2018), e Gerhard Schroeder, ex-chanceler da Alemanha (1999-2005).
Ao mesmo tempo, notou Dmitry Peskov, porta-voz presidencial da Rússia, Putin não cumprimentará os líderes de países hostis, com os quais praticamente não há contatos.
"Não, não haverá. Estes mesmos não estão enviando nenhuma felicitação a nós. Agora praticamente não temos contato com eles, e dadas as ações hostis que eles tomam de forma contínua, o presidente não os felicitará", disse Peskov aos repórteres em resposta à pergunta se Putin faria tal ação.
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