Segundo Donmez, os acordos para fornecimento de gás russo à Turquia são de longo prazo e "levam em conta os preços e volumes mundiais", disse o ministro, que também lembrou que Moscou fornece cerca de 44% do gás importado pela Turquia.
"Temos contratos de longo prazo com a Rússia. Devido às condições do mercado, não posso divulgar o preço, mas eles levam em conta os preços e volumes mundiais", disse Donmez, respondendo à pergunta sobre se a Turquia teria privilégios no tratado.
O ministro também enfatizou que a Turquia não aderiu à política de sanções contra a Rússia e, nesse sentido, "hoje não está procurando fontes alternativas de fornecimento de gás".
Ancara e Moscou têm um plano para transformar a Turquia em um centro global de distribuição de energia, que passa pela conclusão de alguns projetos.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, manifestou interesse em redirecionar o trânsito de gás dos gasodutos Nord Stream (Corrente do Norte) danificados para a Turquia.
Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan disse, em outubro, que os dois países instruíram instituições relevantes em ambos os governos a começarem a implementar o projeto.
Além disso, a Turquia inaugurou, no mês passado, a maior instalação de armazenamento de gás da Europa. O aumento da capacidade permitirá o armazenamento de 4,6 bilhões de metros cúbicos de gás, volume que permitirá abastecer um quarto da Turquia.
Finalmente, Ancara espera começar a operar uma reserva de 58 bilhões de metros cúbicos de gás no mar Negro, descoberta no fim do ano passado.
O país investirá cerca de US$ 10 bilhões (R$ 51,8 bilhões) em um projeto de extração e transporte de 540 bilhões de metros cúbicos de gás da jazida de Sakarya, no mar Negro.
De acordo com as projeções, a Turquia deverá receber os primeiros fornecimentos de gás dessa jazida neste ano. Fatih Donmez também informou que o valor estimado do gás descoberto no mar Negro é de US$ 400 bilhões (R$ 2,073 trilhões).