"A Finlândia e a Suécia tomaram a decisão impressionante de ingressar na Organização do Tratado do Atlântico Norte [OTAN], mas os parceiros comerciais e militares da Rússia ainda não a abandonaram, incluindo infelizmente a Turquia, cuja adesão à OTAN deve estar em questão em 2023, se o presidente [Recep Tayyip] Erdogan for reeleito", escreveu John Bolton em um artigo publicado no The Daily Telegraph.
O ex-funcionário dos EUA acrescentou que a verdadeira questão é a unidade e determinação do Ocidente, nenhuma das quais é garantida. Para o especialista, as declarações da Alemanha sobre sua intenção de aumentar os gastos com defesa ainda não se concretizaram. Em 2023, o orçamento militar alemão vai ser menor do que em 2022 e a compra do F-35 parece estar paralisada por entraves burocráticos, frisou.
Ao se voltar para a França, Bolton criticou a proposta do presidente francês Emmanuel Macron de que a futura arquitetura de segurança europeia deveria incluir garantias para a Rússia.
"Cada dia que passa sem que o Exército russo se retire da Ucrânia corre o risco de aumentar as tensões no Ocidente", concluiu Bolton.