Além disso, o interventor federal do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, concedeu uma entrevista coletiva de imprensa hoje (11) para anunciar uma série de medidas sobre a segurança pública de Brasília, em meio a atos organizados e anunciados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) pelo país.
A Esplanada dos Ministérios e a Praça dos Três Poderes estão fechadas para acesso público. O acesso a veículos já foi interrompido — somente autoridades podem transitar por esses espaços. Haverá barreiras de revista e bloqueio.
Em meio a uma longa lista de medidas e proibições, bolsonaristas serão revistados pela Polícia Militar do Distrito Federal. Montagem de barracas está proibida, na tentativa de evitar novos acampamentos. Carros de som estão vetados, e faixas e bandeiras com hastes serão apreendidas.
Bolsonaristas planejam dois atos em Brasília: um na própria Esplanada e outro próximo ao Palácio do Buriti, sede do governo do DF. Ambos estão sob monitoração dos serviços de inteligência do governo.
"Não há hipótese de se repetir na capital federal os fatos inaceitáveis que aconteceram no último dia 8. Todas as forças de segurança estarão mobilizadas em alerta máximo", declarou o interventor federal a jornalistas.
Moraes, por sua vez, determinou que governos estaduais impeçam a ocupação de prédios públicos e a interrupção do fluxo de trânsito.
Em caso de descumprimento, haverá aplicação de multa no valor de R$ 20 mil para pessoas físicas e de R$ 100 mil para pessoas jurídicas, além da prisão em flagrante, identificação e bloqueio de todos os veículos e qualificação de seus proprietários.
O ministro do STF também ordenou o bloqueio de contas e canais do Telegram que estão incentivando os atos.
No último domingo (8), inconformados com os resultados das eleições, apoiadores de Bolsonaro vandalizaram os edifícios do STF, do Congresso Nacional e do Palácio do Alvorada, pregando um golpe de Estado no Brasil. Os prédios dos Três Poderes foram destruídos. Ainda não há estimativa do prejuízo total causado às contas públicas.
A polícia prendeu 1.500 pessoas entre domingo e segunda (9), mas idosos e pessoas com crianças foram libertadas.
Outras prisões foram feitas nos dias seguintes. De acordo com informações da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal, 763 indivíduos estão sob custódia devido aos atos de vandalismo.