A União Europeia (UE) não acredita que conseguirá impor novas sanções a Moscou este ano com a mesma velocidade que fez em 2022, disse, nesta quarta-feira (11), uma fonte do bloco.
"Está se tornando cada vez mais difícil impor novas sanções contra a Rússia, claro, não há muito espaço para isso. A maioria das ferramentas já foi utilizada. Pode-se dizer com confiança que o volume e a velocidade com que a UE preparou e aprovou pacotes de sanções contra a Rússia em 2022 não serão os mesmos este ano", disse a fonte.
Segundo a fonte, a UE não está discutindo um novo pacote de sanções antirrussas. A fonte não descartou que, mais cedo ou mais tarde, as indústrias diamantífera e nuclear possam estar sujeitas a sanções.
Como observou o comissário europeu para o Meio Ambiente, Virginijus Sinkevicius, em dezembro, a UE atingiu seu limite de sanções contra a Rússia. No futuro, só será possível detalhar as restrições.
Após o início da operação especial russa na Ucrânia, o Ocidente intensificou a pressão de sanções sobre Moscou. A UE já colocou em vigor nove pacotes de sanções, o último foi aprovado em 16 de dezembro.
Tudo isso conduziu, em primeiro lugar, a um aumento nos preços da eletricidade, dos combustíveis e dos alimentos nos próprios países europeus. Como enfatizou o presidente russo, Vladimir Putin, a política de conter e enfraquecer a Rússia é uma estratégia de longo prazo para o Ocidente, mas as sanções foram um duro golpe para toda a economia global.
Segundo Putin, o principal objetivo dos Estados Unidos e seus aliados é piorar a vida de milhões de pessoas. No entanto, de acordo com o chefe de Estado, a estratégia não conseguiu minar a estabilidade financeira da Rússia e a própria Europa chegou a um beco sem saída.