"Bolsonaro acabou sendo uma figura que conseguiu capitalizar esse movimento, misturando religião, militares... E conseguiu se colocar como um nome política e eleitoralmente forte nesse quadro", disse ele.
"Existem vários quadros da direita que tiveram sucesso eleitoral nesta eleição. Podemos apontar o Romeu Zema [Novo], que tem partido fraco, e se quiser ocupar espaço à direita, no vácuo de Bolsonaro, precisaria mudar de partido ou reunir partidos em torno da candidatura dele", disse o analista.
Para Cavalcante, embora Bolsonaro tenha perdido "prestígio e capital político com a derrota eleitoral", ele conseguiu se descolar um pouco do desgaste estando fora do país e ainda é o principal nome da oposição. "O Bolsonaro vai aparecer em primeiro ou segundo nas intenções de voto, tem o partido que elegeu mais parlamentares. Então o nome continua sendo forte", avaliou.