O establishment americano alimentou o sentimento antirrusso nos EUA por meio da histeria de "interferência" nas eleições de 2016. A declaração foi dada pela colunista Kelly Bokar Vlachos, em artigo publicado no portal American Conservative.
"Pode-se argumentar que a história da 'influência maligna' russa ajudou a garantir o apoio do público americano para iniciar uma nova Guerra Fria com a Rússia, consolidando na mente das pessoas a ideia de que os russos não apenas ajudaram a eleger Donald Trump, mas estavam tentando ativamente 'destruir a democracia dos EUA'", escreveu a jornalista.
No mesmo artigo, Arta Moeni, chefe de pesquisa do Instituto paz e diplomacia, acrescenta que, ao incitar uma postura agressiva contra a Rússia, Washington visava atingir objetivos políticos domésticos.
"A demonização da Rússia (mesmo antes do início da operação especial na Ucrânia) permitiu a criação de uma nova dinâmica maniqueísta, uma ameaça exagerada que será usada para racionalizar o aumento das medidas de segurança domésticas e um novo impulso para conter Moscou internacionalmente", observou Moeni.
No final do artigo, Vlahos conclui que a narrativa antirrussa, inflada através das redes sociais, pode resultar em uma "guerra imediata com uma potência nuclear".
Washington acusou repetidamente o envolvimento de Moscou em interferência eleitoral e ataques cibernéticos. Mas, como observou o presidente russo, Vladimir Putin, os Estados Unidos nunca se preocuparam em apresentar nenhuma evidência ou prova.
A Rússia conduz uma operação militar especial na Ucrânia desde 24 de fevereiro de 2022. Putin classifica a operação como "proteção de pessoas que foram submetidas à intimidação e genocídio pelo regime de Kiev por oito anos". Segundo o presidente russo, o objetivo final da operação é a libertação de Donbass e a criação de condições que garantam a segurança da própria Rússia.