"Os Estados Unidos podem exigir que as autoridades ucranianas sejam mais cuidadosas com suas palavras e responsáveis pelo que dizem, porque, suas declarações contraditórias correm o risco não apenas de prolongar a guerra, mas de levar à escalada dela", disse o autor do artigo e especialista em política internacional, Ted Snyder.
Como exemplo, Snyder citou declarações recentes do ministro da Defesa da Ucrânia, Aleksei Reznikov, sobre a alta probabilidade de adesão ucraniana à OTAN e que o Exército ucraniano já está cumprindo a missão da Aliança Atlântica.
"Washington está interessado em suavizar a retórica das autoridades ucranianas, pois suas palavras confirmam a preocupação da Rússia de que o Ocidente apoie a guerra não para proteger a Ucrânia, mas para enfraquecer propositadamente a Rússia", concluiu Snyder.
Desde o início da operação militar especial na Ucrânia, os Estados Unidos e seus aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte têm fornecido ativamente armas e equipamentos bélicos à Ucrânia. Ao mesmo tempo, como observou o chanceler da Rússia, Sergei Lavrov, eles impedem Kiev de negociar com Moscou, explicando que a Ucrânia precisa de um posicionamento forte. No entanto, de acordo com Lavrov, quanto mais tempo o Ocidente evitar negociações, mais difícil será encontrar uma solução pacífica.