O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, deveria anunciar eleições gerais em um futuro próximo para restabelecer seu mandato, revelaram duas novas pesquisas de opinião no Japão.
Quase 63% dos entrevistados em uma pesquisa do jornal japonês Nikkei e cerca de 77% dos que participaram de uma pesquisa separada da Kyodo News disseram que as eleições devem acontecer antes de qualquer aumento da carga tributária do Japão, destinada a financiar os planos de Kishida para um aumento recorde nos gastos com defesa e maior apoio às famílias com filhos.
Embora muitos na pesquisa da Kyodo tenham dito que aprovam o projeto do governo para aumentar os gastos com crianças, quase 64% dos entrevistados disseram que se opõem a um aumento de impostos correspondente.
O plano de Kishida estipula dobrar os gastos com defesa para cerca de 2% do produto interno bruto (PIB) em cinco anos e torna o Japão o terceiro maior gastador militar do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da China.
Em dezembro, apenas 6% dos entrevistados disseram acreditar que Kishida é adequado para sua posição. Seu governo tem sido criticado pelos eleitores em razão do aumento da inflação e por fazer pouco para elevar o padrão de vida das pessoas.
Também em dezembro, Tóquio anunciou um aumento de 20% no orçamento de defesa do país para 2023, para um recorde de US$ 55 bilhões. O país justificou o aumento naquilo que considera como as ameaças de segurança representadas pela China, Coreia do Norte e Rússia.
Em outubro de 2021, Kishida sucedeu Yoshihide Suga, que renunciou, após apenas um ano no cargo, em meio a índices de baixa aprovação pública sobre o tratamento dado pelo governo à pandemia de COVID-19 e taxas de vacinação lentas ligadas ao fornecimento limitado de medicamentos estrangeiros.