"O fato de que a Rússia e a China estão se aproximando e os investimentos significativos chineses em novas capacidades militares avançadas apenas sublinha que a China representa uma ameaça, representa um desafio também para os aliados da OTAN", disse Jens Stoltenberg em uma coletiva de imprensa enquanto visitava a Universidade Keio, em Tóquio.
Além disso, Stoltenberg afirmou que Pequim estava investindo fortemente em tecnologias militares avançados, especialmente em mísseis de longo alcance que "podem alcançar todo o território da OTAN", bem como em sistemas de armas nucleares.
"Vemos que a China está se aproximando, os vemos no espaço cibernético, os vemos na África e no Ártico, mas também tentando controlar a infraestrutura crítica na Europa, então essa ideia de que a China não importa para a OTAN está errada", acrescentou.
No início do dia, Stoltenberg disse, durante uma coletiva de imprensa conjunta com o primeiro-ministro japonês Fumio Kishida em Tóquio, que o comportamento da China era "uma questão de séria preocupação" tanto para o Japão quanto para a Aliança Atlântica.
O secretário-geral da OTAN está em visita oficial ao Japão de 31 de janeiro a 1º de fevereiro.
Em junho de 2022, a Aliança Atlântica adotou um novo conceito estratégico em sua cúpula em Madri. O conceito é o documento-chave da organização, que confirma os valores e objetivos da aliança e apresenta a estimativa coletiva da situação de segurança. O conceito de 2022 diz que as "ambições declaradas e políticas coercivas da China desafiam" os interesses, a segurança e os valores da OTAN.