A assistência ocorre no âmbito da missão de parceria militar entre a União Europeia (UE) e governo do Níger, aprovada pelo Conselho da UE em dezembro de 2022, que tem como objetivo "apoiar o Níger na sua luta contra os grupos armados terroristas".
A iniciativa servirá para a implementação de um plano de desenvolvimento das capacidades do exército do país africano, com consultoria especializada e treinamento. A participação das forças europeias é um pedido do Exército do Níger.
A nova ajuda ao país africano, anunciada hoje (2), é avaliada em R$ 220,4 milhões e será financiada pelo Fundo Europeu para a Paz (EPF).
A Itália será responsável por comandar essa operação por meio da Agência das Indústrias de Defesa (AID).
Esta é a primeira vez que a Itália assumirá esta responsabilidade. O país deve liderar também o comando da missão militar da União Europeia.
A presença militar europeia na África é alvo de várias polêmicas, principalmente após os problemas na Operação Barkhane, projetada para cinco países africanos (e ex-colônias francesas), abrangendo todo o Sahel: Burkina Faso, Chade, Mali, Mauritânia e Níger.
No final do ano passado, após a saída de Reino Unido, Alemanha e outros, o presidente francês, Emmanuel Macron, encerrou a operação, alegando que crescente hostilidade contra a França entre as populações locais tornou a tarefa ingrata e perigosa.
Ainda assim, cerca de três mil soldados franceses permanecem na região do Sahel para, de acordo com o Palácio do Eliseu, agir em ações coordenadas com os exércitos nacionais.