Horas após o Ministério das Relações Exteriores da Turquia convocar o embaixador da Noruega hoje (2) para reclamar sobre a suposta "ação planejada para profanar o Alcorão Sagrado no dia 3 de fevereiro", a polícia norueguesa proibiu o protesto anti-islâmico por questões de segurança.
"Queimar o Alcorão continua sendo uma forma legal de expressar opiniões políticas na Noruega. Mas este evento não pode ser realizado por razões de segurança", disse a polícia de Oslo em um comunicado citado pela Reuters.
A chancelaria norueguesa relatou que Ancara falou sobre a manifestação planejada em uma reunião, com um porta-voz do MRE da Noruega afirmando que "nosso embaixador se referiu ao direito constitucional à liberdade de expressão na Noruega e acrescentou que o governo norueguês não apoia nem está envolvido com a manifestação planejada".
No país europeu, a polícia só pode proibir uma manifestação se houver perigo para o público, mas não por questões ideológicas.
Mais cedo, a chancelaria turca enfatizou que "condena veementemente a atitude da Noruega em relação à prevenção de ações provocativas que claramente se qualificam como crimes de ódio. Esperamos que as autoridades norueguesas não permitam conduzir esta ação, [pois] tais atos são inaceitáveis".