Panorama internacional

OTAN enfrenta colapso se não começar negociações em torno da Ucrânia, prevê ex-assessor do Pentágono

Douglas McGregor disse que a OTAN se tem afastado desde os anos 1990 dos seus princípios defensivos, e que ela tem o imperativo de resolver o conflito na Ucrânia.
Sputnik
A OTAN entrará em colapso e a aliança simplesmente não poderá existir a menos que as conversações sobre a Ucrânia comecem rapidamente, disse o coronel Douglas McGregor, ex-assessor do chefe do Departamento de Defesa dos EUA.
"[...] Fui perguntado especificamente sobre a OTAN, e eu disse que se prosseguirmos com isto, e os russos avançarem, e não conseguirmos negociar um fim rápido para isto, isso destruirá a OTAN", disse McGregor em uma entrevista, um trecho do qual foi citado no domingo (5) pelo canal de vídeos de notícias e análises Redacted News.
Para o ex-assessor do Pentágono, a OTAN foi criada como "uma aliança defensiva, não foi inventada para operações ofensivas".
"Desde os anos 90 que temos tentado usar a OTAN como uma arma ofensiva", apontou McGregor.
Clayton Morris, anfitrião do Redacted News, chamou a atenção para a relação da OTAN com o Estado-membro Turquia, que está tentando mediar entre a Rússia e a Ucrânia, e bloqueou a adesão da Suécia e da Finlândia à aliança.
De acordo com Morris, a Turquia está agora sendo pressionada pela OTAN a seguir a política da aliança, caso contrário os EUA e o Reino Unido ajudarão a organizar ataques terroristas em Istambul.
Anteriormente Ismail Karayel, presidente do Comitê Parlamentar Conjunto Turquia-UE, acusou vários países de tentarem obstruir os esforços de mediação entre a Rússia e a Ucrânia. Em seguida os países ocidentais começaram a falar sobre uma ameaça terrorista na Turquia, e os consulados gerais da Alemanha, França, Países Baixos, Reino Unido, Suécia e Suíça em Istambul deixaram de receber visitantes. A embaixada dos EUA também alertou seus cidadãos sobre o perigo de ataques terroristas no centro de Istambul.
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