"Quanto à questão dos 'territórios do norte', nosso posicionamento diplomático concorda com a pretensão de concluir um tratado de paz com a Rússia após a resolução do problema dos territórios, e não mudou", afirmou Hayashi.
O chanceler sublinhou que o Japão também espera a retomada o mais breve possível do projeto para visitar os túmulos dos antigos residentes japoneses das Curilas do Sul. Segundo ele, essa é uma das principais prioridades do governo.
Juntamente com isso, Hayashi criticou as ações de Moscou na Ucrânia e prometeu continuar a pressão de sanções.
"Ao mesmo tempo, em questões como atividades econômicas, como a pesca ou a segurança da navegação, ou seja, questões que o Japão e a Rússia devem abordar como países vizinhos, prosseguiremos em nossas ações com base nos interesses nacionais do Japão", acrescentou o chefe do MRE japonês.
O primeiro-ministro Fumio Kishida também decidiu expressar o que acha sobre tudo isso.
"É extremamente lamentável que, 77 anos depois do fim da guerra, a questão dos 'territórios do norte' ainda não esteja resolvida, enquanto o Japão e a Rússia ainda não assinaram um acordo de paz [...]. O governo japonês está empenhado em resolver a questão territorial e em concluir um tratado de paz", disse o premiê japonês em reunião anual.
O primeiro-ministro também observou que as relações entre Tóquio e Moscou estão passando por "tempos difíceis" devido ao conflito na Ucrânia.
Em 7 de fevereiro, o Japão celebra o Dia dos "Territórios do Norte" (este é o nome dado às ilhas do sul do Cume Curilas, agora pertencentes à Rússia). Em 1855, o Tratado de Shimoda foi assinado naquele dia e Kunashir, Shikotan, Iturup e Habomai foram cedidas ao Japão. O Japão reivindicou as ilhas apesar do fato de que elas se tornaram território da URSS após a Segunda Guerra Mundial e vincularam a assinatura de um tratado de paz à resolução da disputa.
O posicionamento de Moscou é que as Curilas do Sul se tornaram parte da URSS após a guerra e a soberania russa sobre elas não entra em questão.