A reunião no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) solicitada pela Rússia com relação ao ataque terrorista aos gasodutos Nord Stream 1 e Nord Stream 2 será realizada na terça-feira (21).
Anteriormente, a Rússia apresentou um projeto de resolução ao Conselho de Segurança da ONU pedindo ao secretário-geral da organização que criasse uma comissão independente para investigar o ataque aos gasodutos Nord Stream. O representante permanente da China na ONU, Zhang Jun, já afirmou que a China apoia o projeto russo.
Enquanto isso, como Dmitry Polyanskiy, primeiro vice-representante permanente da Rússia na ONU, escreveu anteriormente em seu canal de Telegram, a votação do projeto ocorrerá até a próxima sexta-feira (24).
De acordo com o projeto de resolução, o Conselho de Segurança pede ao secretário-geral "que crie urgentemente uma comissão internacional independente de inquérito" para uma investigação internacional abrangente e imparcial de todos os aspectos da sabotagem aos gasodutos Nord Stream 1 e Nord Stream 2. O projeto pede a identificação de autores, patrocinadores, organizadores e cúmplices dos ataques.
Segundo o esboço, o Conselho de Segurança decide que a comissão deverá ser "composta por advogados independentes e internacionalmente reconhecidos", que serão escolhidos pelo secretário-geral da ONU. O interlocutor da agência indicou que o secretário-geral teria de informar o Conselho de Segurança em 14 dias sobre as recomendações referentes às modalidades da comissão.
O texto condena veementemente a sabotagem ao Nord Stream e enfatiza que já foi estabelecido, sem sombra de dúvida, que foi uma sabotagem, e não um desastre natural ou causado pelo homem.
O texto da resolução indica que o ataque aos gasodutos ocorreu após repetidas ameaças contra o Nord Stream por parte do governo dos Estados Unidos.
Os ataques ocorreram em 26 de setembro de 2022, em dois gasodutos de exportação russos para a Europa ao mesmo tempo — Nord Stream 1 e Nord Stream 2. Alemanha, Dinamarca e Suécia não descartaram sabotagem. A operadora Nord Stream AG informou que o estado de emergência nos gasodutos é sem precedentes e é impossível estimar o tempo de reparo.
O gabinete do procurador-geral da Rússia abriu um processo sobre um ato de terrorismo internacional. Em 31 de outubro, o presidente russo, Vladimir Putin, informou que a Gazprom tinha permissão para inspecionar o local da explosão, e o chefe da empresa, Aleksei Miller, relatou a ele a inspeção. Putin também disse que a explosão do gasoduto é um óbvio ato de terrorismo.