O plano da China para um acordo de paz na Ucrânia incluirá um pedido de cessar-fogo e fornecimento de armas a Kiev, informou a Bloomberg, citando um rascunho do documento visto por fontes europeias da agência.
Os EUA e seus aliados estão preocupados que a iniciativa de Pequim possa ressoar com os países do Sul Global e potencialmente atrair votos na Organização das Nações Unidas (ONU), diz a publicação. No geral, o plano da China tem poucas chances de sucesso, disse a agência.
Falando na Conferência de Segurança de Munique, Wang Yi, ministro das Relações Exteriores da China, anunciou um documento descrevendo a posição de Pequim sobre uma solução política para o conflito na Ucrânia até o fim deste mês.
No ano passado, o presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, assinou um decreto sobre a impossibilidade de negociar com a atual liderança russa.
Por sua vez, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, enfatizou repetidamente que há prontidão de Moscou para o diálogo, pois busca não girar o volante do conflito ucraniano, mas acabar com ele. Ao mesmo tempo, os países ocidentais falam constantemente sobre a necessidade de continuar as hostilidades, abastecendo a Ucrânia com armas e treinando combatentes ucranianos em seu território.
Conforme observado pelo Kremlin, a liderança ucraniana sabe que, se desejar, as hostilidades podem terminar no dia seguinte.
O representante permanente da Rússia na ONU, Vasily Nebenzya, disse que há prontidão de Moscou para considerar as propostas de Kiev para um acordo, levando em consideração as propostas do lado russo e a situação "no terreno", mas as autoridades do país vizinho não estão interessadas.