Panorama internacional

Anfitriã do G20, Índia dispensa debates sobre sanções contra a Rússia e busca termos para o conflito

A Índia não quer que o G20 discuta sanções adicionais à Rússia por sua operação militar especial desencadeada na Ucrânia durante o mandato de um ano da presidência do país no bloco. Houve, também, um debate para definir palavras para descrever do conflito, segundo informou a agência Reuters nesta quarta-feira (22).
Sputnik
Nesta semana, ministros das finanças e chefes de bancos centrais estão tendo reuniões no âmbito do G20.
Segundo autoridades indianas citadas pela agência, o impacto econômico do conflito será discutido, mas a Índia rechaça as considerações sobre sanções adicionais contra a Rússia.

"A Índia não está interessada em discutir ou apoiar quaisquer sanções adicionais contra a Rússia durante o G20", disse um dos oficiais mencionados pela agência. "As sanções existentes contra a Rússia tiveram um impacto negativo no mundo."

Segundo outro oficial indiano, as sanções não são um assunto que compete ao G20.
"O G20 é um fórum econômico para discutir questões de crescimento", afirmou.
A Índia é um dos países-membros do BRICS, grupo que congrega também o Brasil, a Rússia, a China e a África do Sul.
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Atualmente há 14.022 sanções antirrussas vigentes, a maior parte delas proveniente de Estados Unidos, Suíça, Reino Unido, Canadá e União Europeia, segundo dados da plataforma Castellum.ai.
Hoje (22) foi o primeiro dia de reuniões para redação do comunicado conjunto do G20.
Autoridades discutiram uma palavra aceitável para descrição do conflito ucraniano, segundo delegados de sete países presentes nos encontros.
De acordo com a Reuters, a Índia tentou formar um consenso sobre as palavras, chamando a questão de "crise" ou "desafio" em vez de "guerra". As discussões, no entanto, foram concluídas sem uma decisão.
A questão voltará a ser abordada amanhã (23), quando a secretária de Tesouro dos EUA, Janet Yellen, estará presente.
O ministro das Relações Exteriores da Índia, S. Jaishankar, disse anteriormente que o conflito atingiu desproporcionalmente os países mais pobres ao aumentar os preços do combustível e dos alimentos.
Ainda segundo a agência, Washington e seus aliados "planejam, nos próximos dias, impor novas sanções e controles de exportação que visam a compra pela Rússia de bens de uso duplo, como geladeiras e micro-ondas, para garantir os semicondutores necessários para suas Forças Armadas.
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