"O número de mortos, feridos, refugiados, deslocados internos, destruição, a quantidade de danos econômicos e sociais falam por si. Deus pode perdoar tantos crimes e tanta violência? Ele é o Deus da paz [...] perguntamo-nos: foi feito todo o possível para deter a guerra?", disse o Papa Francisco.
Ele então pediu "aqueles que têm poder sobre os países" para fazer um esforço concreto para acabar com a guerra, chegar a um cessar-fogo e iniciar negociações de paz.
"Uma vitória construída sobre ruínas nunca será real", sublinhou o Pontífice.
As autoridades russas há muito garantem que seu país está aberto ao diálogo com Kiev. Ainda na terça-feira (21), durante seu discurso anual à Assembleia Federal, o presidente russo, Vladimir Putin, assegurou que Moscou estava aberta ao diálogo com o Ocidente. Em suas palavras, foram os políticos ocidentais que desencadearam o conflito na Ucrânia.
"Temos estado abertos, sinceramente prontos para um diálogo construtivo com o Ocidente, insistindo que tanto a Europa quanto o mundo inteiro precisam de um sistema de segurança indivisível e igual para todos os Estados, e por muitos anos propusemos aos nossos parceiros discutir essa ideia juntos e trabalhar para sua aplicação", destacou o presidente.
Enquanto isso, as autoridades norte-americanas e europeias continuam a fornecer armas ao regime de Kiev, garantindo que a situação em torno da Ucrânia seja resolvida militarmente.
"Esta guerra será vencida no campo de batalha", declarou o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.
O chefe das Relações Exteriores da União Europeia (UE) argumentou na Conferência de Segurança de Munique de2023 que os Estados europeus armam a Ucrânia porque "o conflito é um desafio à segurança da UE".
A Rússia enviou notas de protesto a todos os países que fornecem armas ao país vizinho. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, alertou que qualquer remessa de armas para Kiev vai se tornar um alvo legítimo para as Forças Armadas russas.