Emmanuel Macron, presidente da França, confirmou no sábado (25) que viajaria à China no início de abril para discutir a crise ucraniana e instar Pequim a pressionar Moscou com base no plano de paz chinês recém-revelado para a Ucrânia.
"Eu acho que o fato de a China estar se engajando em esforços de paz é bom. Eu mesmo irei à China no início de abril", disse Macron em uma feira agrícola em Paris, França, conforme citado pela emissora francesa TF1.
O alto responsável expressou a esperança de que a China "nos ajude a pressionar a Rússia para que ela nunca use armas químicas ou nucleares".
Na sexta-feira (24) a China publicou um documento de 12 pontos que promove, entre outras coisas, o respeito pela soberania de todos os países, a cessação das hostilidades e a retoma das negociações de paz entre Moscou e Kiev. No entanto, a OTAN e a Uniao Europeia rejeitaram o plano de Pequim.
No início de fevereiro a mídia relatou pela primeira vez que o Palácio do Eliseu estava preparando uma visita do presidente francês à China em um mês e meio, dizendo que era hora de retomar os contatos com as autoridades chinesas e que as partes queriam dar um novo impulso ao diálogo sobre questões globais, como o conflito na Ucrânia.
Em 15 de fevereiro Wang Yi, chefe da Comissão de Relações Exteriores do Comitê Central do Partido Comunista da China, visitou Paris e foi recebido pessoalmente por Emmanuel Macron. Durante a reunião, Wang sublinhou que Pequim estava firmemente comprometida com uma posição objetiva e justa sobre a questão ucraniana e estava sempre ansiosa para contribuir para negociações de reconciliação e de paz.