Um tribunal letão rejeitou a moção de defesa do jornalista Marat Kasem para mudar sua medida preventiva, que permanecerá na prisão, informou na segunda-feira (6) o canal Telegram da Sputnik Lituânia.
"O tribunal rejeitou um recurso para alterar a medida não-custodial de restrição para o editor-chefe do Sputnik Lituânia. Marat permanecerá na Prisão Central de Riga por mais dois meses, quando ele poderá recorrer novamente", diz a declaração.
Kasem, um cidadão letão que vive em Moscou há alguns anos e trabalha para a agência de comunicação Rossiya Segodnya, foi detido no final de 2022 na Letônia, onde tinha vindo por motivos familiares. Em 5 de janeiro, um tribunal em Riga prendeu o jornalista. Em meados desse mês, um tribunal de Riga o prendeu novamente.
A ombudsman russa Tatyana Moskalkova chamou sua detenção de ataque à liberdade de expressão, e apelou para o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.
Dmitry Kiselev, diretor-geral da Rossiya Segodnya, assegurou que a agência apelaria para que a comunidade internacional respondesse e fizesse "tudo o possível para garantir a libertação de Kasem". Kiselev chamou a detenção de ilegal, e a prisão, disse ele, ocorreu no âmbito da "ilegalidade europeia, quando uma pessoa pode ser presa por ser jornalista profissional, por sua opinião, por sua posição, pelas informações que ele expressa".