"Em todos estes formatos seletivos [AUKUS, Quad], o componente euro-atlântico representado pela França, Reino Unido, Alemanha e Canadá está ativamente envolvido. Também estão envolvidos atores menores, como os Países Baixos. Assim, agora não estamos falando de criar uma nova plataforma da 'OTAN asiática', mas da preparação do terreno, de um ambiente confortável para a entrada na região da própria aliança", afirmou Rudenko.
"Já existem os primeiros 'requerentes'. A Austrália, que deve instalar infraestrutura militar tanto para a marinha dos membros da aliança como para a aviação estratégica dos EUA. O Japão, que está declarando em alto nível a irreversibilidade da 'otanificação' da região da Ásia-Pacífico. A Coreia do Sul, que abriu um escritório de representação na OTAN em 2022 e está lançando consultas com o bloco neste ano ao nível de chefes das unidades dos estados-maiores", notou Rudenko.
"A UE está se envolvendo ativamente em processos destinados a trazer a OTAN para a Ásia, tentando explorar os resquícios de sua reputação anterior. Na realidade, a UE – com a formalização de seus laços com a OTAN – já se tornou essencialmente um ramo da aliança", afirma ele.
"É claramente visível na agenda de todos os tipos de conferências 'sobre o Indo-Pacífico' – de chefes de estado-maior, de comandantes de forças terrestres, de comandantes navais, de inteligência militar. De fato, o clima se tornou um elemento obrigatório ali. Toda reunião é sobre 'clima', não há mais nada para falar", acrescentou Rudenko.