"Maior erosão do campo de Taiwan seria outro golpe para os Estados Unidos, que têm tido pouco sucesso para impedir a maré de perdas diplomáticas de Taipé, e um novo sinal da crescente pegada da China na vizinhança de Washington", diz o artigo.
De acordo com a publicação, a visita da presidente de Taiwan Tsai Ing-wen nesta semana à Guatemala e Belize ressalta os esforços de seu governo para evitar novos reveses diplomáticos, depois que Honduras estabeleceu relações com a China no mês passado e reconheceu que Taiwan é parte integrante da República Popular da China.
Taiwan, segundo o artigo, parece resignado com a perda de muitos aliados nas Américas. E a administração Biden tem opções limitadas para deter a deriva gradual de Estados em direção à China.
"É uma visão mais pessimista do que os assessores do presidente Joe Biden expressaram publicamente e, segundo fontes norte-americanas, ajuda a explicar a resposta silenciosa de Washington ao recente abandono de Taiwan por parte de Honduras, que foi visto como uma causa perdida", afirmam os autores.
O próprio Taiwan sinalizou publicamente que não quer mais competir frente a frente na América Latina com uma China mais rica com base na "diplomacia do livro de cheques", ou seja, o balanço da ajuda e do investimento, para evitar que seus 13 aliados remanescentes no mundo inteiro deixem o aprisco.
"Não temos um livro de cheques suficientemente grande", cita o artigo um funcionário de Taiwan.
As relações oficiais entre o governo central da China e sua província insular se romperam em 1949, após as forças derrotadas do Kuomintang lideradas por Chiang Kai-shek terem se mudado para Taiwan no final da guerra civil contra o Partido Comunista Chinês.
Os contatos comerciais e informais entre a ilha e a China continental foram retomados no final dos anos 80. Desde o início dos anos 90, os dois lados têm estado em contato só através de organizações não governamentais.