Ciência e sociedade

Por que China pode dominar próximo grande avanço em baterias?

A China está desenvolvendo novas tecnologias em baterias usando materiais inovadores que a podem ajudar a entrar nos líderes mundiais desta indústria, segundo o jornal The New York Times.
Sputnik
De acordo com o artigo, hoje a China apresenta uma nova e importante inovação em acumuladores: substituir o lítio pelo sódio, um material muito mais barato e mais comum.

"Essas baterias, em sua maioria feitas de lítio, alimentaram a ascensão dos telefones celulares e outros produtos eletrônicos de consumo. Elas estão transformando a indústria automotiva e em breve poderão começar a fazer o mesmo pelos painéis solares e turbinas eólicas, cruciais na luta contra a mudança climática. A China domina sua refinação e produção química."

O sódio, encontrado em todo o mundo como parte do sal, é vendido por 1-3% do preço do lítio e é quimicamente muito semelhante.

"As recentes descobertas significam, segundo a edição, que as baterias de sódio podem agora ser recarregadas diariamente durante anos, retirando a vantagem-chave das baterias de lítio", diz a publicação.

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Além disso, as baterias de sódio têm uma grande vantagem: mantêm quase toda a sua carga quando as temperaturas caem muito abaixo de zero, enquanto as baterias de lítio normalmente não podem fazer isso.
De acordo com o jornal, as empresas chinesas já aprenderam a fazer células de sódio tão semelhantes às células de lítio que podem ser feitas com o mesmo equipamento.

"O gigante chinês CATL, o maior fabricante mundial de baterias para carros elétricos, diz ter descoberto uma maneira de usar células de sódio e células de lítio em uma única bateria de carro elétrico, combinando o baixo custo e a resistência às condições meteorológicas das células de sódio com a extensa gama de células de lítio", aponta.

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Também, ao contrário das baterias de lítio, as últimas baterias de sódio não exigem materiais escassos como o cobalto, um mineral extraído principalmente na África sob condições que alarmaram os grupos de direitos humanos.
As mais recentes baterias de sódio também não requerem níquel, que vem principalmente de minas na Indonésia, Rússia e Filipinas.
A pesquisa sobre o uso de sódio para baterias começou nos anos 70, liderada então pelos Estados Unidos. Os pesquisadores japoneses os seguiram fazendo avanços cruciais. Ultimamente, as empresas chinesas têm mantido a liderança na comercialização da tecnologia.
Hoje, das 20 fábricas de baterias de sódio, atualmente planejadas ou em construção em todo o mundo, 16 se encontram na China.
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