O discurso foi feito no momento em que o presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol está em Washington para se reunir com o presidente dos EUA, Joe Biden, reunião durante a qual se espera que eles também discutam a dissuasão nuclear norte-americana para proteger seus aliados.
"Ter armas nucleares táticas de volta na península seria uma prova clara de nossa determinação e firmeza para deter a Coreia do Norte", disse Bolton à Reuters.
Ele também defendeu que as dúvidas dos sul-coreanos sobre a extensão da dissuasão dos EUA são "perfeitamente legítimas", mas se eles optarem por construir suas próprias armas, isso vai prejudicar o regime global de não proliferação e vai desencadear uma corrida nuclear na região.
"A Coreia do Sul pode ajudar a criar uma estrutura de autodefesa coletiva no Leste da Ásia ou no Indo-Pacífico de forma mais ampla", afirmou o ex-conselheiro.
Os Estados Unidos instalaram armas nucleares táticas na Coreia do Sul em 1958 e as retiraram em 1991.
Yoon Suk-yeol tinha dito durante a campanha eleitoral que pediria aos Estados Unidos que trouxessem armas nucleares de volta à Coreia do Sul, se necessário, mas voltou atrás depois de assumir o cargo em maio de 2022.
O ministro da Defesa da Coreia do Sul, Lee Jong-sup, disse em novembro que Seul não está considerando tal medida.