Segundo a revista Modern Ships, "em seu último orçamento de defesa, o Japão mostrou pela primeira vez como suas Forças Armadas poderiam realizar ataques de longo alcance contra tropas terrestres e embarcações de superfície inimigas".
"Um cenário de ataque de longo alcance mostrou como as Forças Armadas japonesas poderiam atingir e destruir ativos rivais coordenando armamentos, incluindo satélites aéreos, submarinos, bombas planadoras, mísseis de cruzeiro hipersônicos e caças de combate."
Segundo a Modern Ships, o Japão "aproveitou a maré" da concorrência dos EUA com outros países importantes e tirou proveito disso ao desenvolver forças ofensivas e defensivas.
A revista criticou o Japão por exacerbar as tensões geopolíticas regionais, desencadeando corridas armamentistas na região da Ásia-Pacífico e prejudicando as perspectivas gerais das relações sino-japonesas.
"As Forças de Autodefesa [do Japão], que estão adotando uma postura ofensiva, mostram que as forças de direita do Japão estão rompendo o sistema pós-guerra e intervindo em situações regionais. Isso terá um sério impacto no equilíbrio militar regional e na estabilidade estratégica, e merece alta vigilância."
A revista toca também a questão de Taiwan, dizendo que "comentários como 'proteger Taiwan é proteger o Japão' têm como objetivo suprimir as preocupações internacionais e domésticas sobre a piora das relações sino-japonesas".
O último pacote de gastos com defesa do Japão, aprovado no final do ano passado, totalizou 6,8 trilhões de ienes (R$ 250 bilhões), um aumento de 26% em relação ao orçamento de defesa anterior do país.