Essa posição foi manifestada na semana passada pelo secretário de Relações Exteriores britânico, James Cleverley.
O jornal nota que cerca de US$ 300 bilhões (R$ 1,5 trilhão) em reservas do Banco Central russo estavam nos países do Grupo dos Sete (G7) no momento do congelamento, mas o "mapeamento" dos ativos não está completo.
Ao mesmo tempo, de acordo com o Guardian, uma estratégia alternativa, menos arriscada do ponto de vista legal, está "ganhando força" no Reino Unido, sugerindo que o Ocidente retenha os ativos da Rússia até que ela concorde em pagar uma indenização.
A Câmara dos Comuns britânica já exigiu que o governo desenvolva um plano para o uso dos ativos russos. Vários representantes do Partido Conservador, no poder, e do Partido Trabalhista, na oposição, defendem o confisco total.
No entanto, o governo britânico recusa-se a se comprometer com a expropriação dos fundos do Banco Central da Rússia, temendo que isso crie um precedente que paralise o sistema financeiro internacional e provoque contramedidas em relação a Londres, escreve o artigo.
Para explicar melhor isso, o artigo cita o aspecto jurídico da questão, segundo o qual "apreender, em vez de congelar, os ativos estatais russos seria uma violação da lei internacional".
A publicação especifica que, em 2022, os ativos estatais russos congelados no Reino Unido foram estimados em £ 26 bilhões (R$ 161 bilhões).
O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, disse que o reino estava trabalhando em um processo legal com seus aliados para usar esses ativos na reconstrução da Ucrânia.
Em 17 de maio, o presidente francês Emmanuel Macron anunciou que 46 Estados-membros do Conselho da Europa decidiram criar um "registro de danos" para fixar as perdas e a destruição na Ucrânia como resultado da operação militar russa.
O Japan Times informou, anteriormente, que os países do G7 também estavam procurando maneiras de transferir ativos russos congelados para Kiev.