De acordo com a declaração, o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa se reuniu com o presidente de Comores e atual presidente da União Africana Azali Assoumani, o presidente egípcio Abdel Fattah Al-Sisi, o presidente senegalês Macky Sall, o presidente ugandense Yoweri Museveni e o presidente zambiano Hakainde Hichilema.
"Os líderes concordaram em dialogar com o presidente Putin e o presidente Zelensky sobre os elementos para um cessar-fogo e uma paz duradoura na região", diz o comunicado.
Os chefes de Estado africanos instruíram seus ministros das Relações Exteriores a finalizar os elementos de um roteiro para um acordo sobre a Ucrânia.
Além disso, os líderes africanos confirmam a possibilidade de visitas à Rússia e à Ucrânia em meados de junho.
Anteriormente, a organização não governamental Fundação Brazzaville informou que os preparativos para uma visita de líderes africanos à Ucrânia e à Rússia, como parte de uma iniciativa de paz, haviam sido finalizados, o que está previsto para o final de junho.
Jean-Yves Ollivier, fundador da Fundação Brazzaville e iniciador da missão, disse anteriormente à Sputnik que o principal objetivo da missão africana na Ucrânia é iniciar e ajudar a estabelecer um diálogo entre os dois países.
Ele observou que as negociações da missão africana serão incondicionais e que a missão em si será a primeira desse tipo que tanto o presidente russo Vladimir Putin quanto seu homólogo ucraniano Vladimir Zelensky concordaram em receber.
Antes disso, o presidente Lula da Silva afirmou que os EUA e a Europa devem começar a falar em chegar a um acordo na Ucrânia, em vez de incentivar o confronto.
Ele pediu aos países não envolvidos no conflito na Ucrânia que assumam a responsabilidade de fazer avançar as negociações de paz, bem como de proporcionar à Rússia "condições mínimas" para pôr fim ao conflito.
Além disso, Lula da Silva propôs a criação de um formato semelhante ao G20 para discutir a situação na Ucrânia.