Hersh chamou a atenção para o discurso que Blinken fez em Helsinque, em 2 de junho, por ocasião da adesão da Finlândia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
"Um falcão de carreira quando se trata da Rússia, ele se superou na ferocidade de seu compromisso com a guerra na Ucrânia", escreveu o jornalista na plataforma Substack.
Hersh ressalta que Blinken desconsiderou qualquer conversa sobre esforços de pacificação e um cessar-fogo, o que é "desesperadamente necessário" para o Exército ucraniano e os cidadãos da Ucrânia.
Na opinião de Hersh, o secretário de Estado também deturpou a situação do mundo quando falou em Helsinque sobre o "isolamento internacional" da Rússia.
Hersh também é cético em relação às palavras de Blinken de que a Europa "rápida e decisivamente" virou as costas para a energia russa e que a Alemanha cancelou "imediatamente" o gasoduto Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2).
Nesse contexto, Hersh escreve que o chanceler alemão Olaf Scholz e a Alemanha só sobreviveram à falta de gás russo no inverno passado europeu graças às amplas reservas, a um inverno mais ameno e a bilhões de dólares em subsídios estatais para residências e empresas alemãs.
"Sua mensagem real pode ser colocada de forma mais direta: eu odeio os russos e deixem o sangue fluir", afirma o artigo de Hersh.
Anteriormente, Hersh publicou sua investigação sobre as explosões do gasoduto Nord Stream em 8 de fevereiro, citando uma fonte que afirmou que dispositivos explosivos foram colocados sob os gasodutos russos em junho de 2022, sob a cobertura do exercício BALTOPS 22, por mergulhadores da Marinha dos EUA apoiados por especialistas noruegueses.
De acordo com Hersh, a decisão sobre a operação foi tomada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, após nove meses de discussões com funcionários do governo.
Mais tarde, o Pentágono disse à Sputnik que os EUA não têm nada a ver com as explosões dos gasodutos russos.