Panorama internacional

Vice-chanceler russo: presença da França na cúpula do BRICS é inadequada; é país hostil à Rússia

O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia Sergei Ryabkov disse que a participação de líderes de Estados que adotam políticas hostis em relação à Rússia é inapropriada na cúpula do BRICS em agosto.
Sputnik
Ryabkov comentou assim o desejo do presidente francês Emmanuel Macron de participar da reunião dos chefes de Estado do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) na África do Sul em agosto.

"Claro que os líderes de um Estado que segue uma política tão hostil e inaceitável para nós, tão acentuada e convencida de que a Rússia deve ser isolada internacionalmente, compartilham a linha comum da OTAN para nos infligir a chamada derrota estratégica – tal líder é inadequado como convidado do BRICS", disse Ryabkov aos repórteres.

Ao mesmo tempo, o vice-ministro afirmou que "cabe ao anfitrião determinar" quem será convidado à cúpula, mas especificou que, antes disso, tem que se consultar com todos os participantes do BRICS.
Panorama internacional
Na 'OTAN de Macron', Reino Unido deve 'ficar de fora dos assuntos da Europa Ocidental', diz analista
"Não estamos escondendo essa nossa abordagem, já falamos sobre isso aos nossos colegas da África do Sul. Esperamos que nosso ponto de vista seja totalmente aceito", acrescentou Ryabkov.
Ele lembrou que, neste momento, os critérios para a expansão do BRICS estão sendo discutidos, e "os candidatos a ingressar na associação devem necessariamente aderir a uma política que exclua o uso de sanções unilaterais contra qualquer um dos membros da associação".

"Está claro que segundo esse critério, embora o debate sobre os critérios esteja em andamento, a França não está de forma alguma em conformidade. Ela segue a linha oposta", acrescentou Ryabkov.

Panorama internacional
Economista: expansão do BRICS anda de mãos dadas com 'declínio do império americano' e do dólar
O Ocidente aumentou as sanções sobre a Rússia após o início da operação militar russa na Ucrânia, com muitas empresas europeias se retirando do país. A União Europeia, de que a França faz parte, já impôs dez pacotes de sanções contra Moscou desde fevereiro de 2022.
A Rússia declarou repetidamente que o país está lidando com a pressão das sanções impostas pelo Ocidente há vários anos.
O presidente russo Vladimir Putin apontou que a política de conter e enfraquecer a Rússia é uma estratégia de longo prazo do Ocidente, mas as sanções infligiram um sério golpe a toda a economia global. Segundo ele, o principal objetivo do Ocidente é piorar a vida de milhões de pessoas.
Panorama internacional
O turbulento rumo para paz: análise das propostas do Sul Global para solução do conflito na Ucrânia
Comentar