NENHUMA OUTRA ONU
"Não há alternativa à ONU. E agora, que alternativa à ONU pode haver? Agora é impossível chegar a acordo sobre qualquer coisa neste momento da história. O mundo sempre viveu a era da guerra, a era da coexistência pacífica. Você e eu podemos testemunhar isso no século XX, e em nosso tempo. Então, uma coisa se alternou com a outra. Portanto, estou otimista quanto à ciclicidade dessa alternância de guerras e da situação de paz", disse ele.
"As Nações Unidas, em primeiro lugar, são uma organização constituída por Estados-membros. Se os Estados-membros têm relações mais ou menos decentes, a Carta das Nações Unidas funciona na medida em que os Estados-membros, em particular os membros permanentes do Conselho de Segurança, estão interessados. Há muitos exemplos disso no período pós-guerra", acrescentou.
NECESSIDADE DE REFORMAR O CONSELHO DE SEGURANÇA DA ONU
"Acredito que o Conselho de Segurança, e eu participei na preparação dessas propostas no meu tempo, o Conselho de Segurança deve incluir os Estados da Ásia, África e América Latina. Ou seja, o Conselho de Segurança deve refletir as novas realidades do mundo", apontou ele.
"Não há nada de novo nisso. Mas vamos ver, por que os interesses da Ásia, África e América Latina são completamente ignorados? É compreensível por que, eles têm sua própria visão de muitas questões cardeais internacionais sérias e têm sua própria posição, ao contrário dos aliados político-militares dos Estados Unidos, como a Alemanha e o Japão."