Operação militar especial russa

Entrega de F-16 para a Ucrânia deve levar 'vários meses', diz secretário de Estado dos EUA

Os Estados Unidos vão entregar caças F-16 à Ucrânia, mas devem levar "vários meses" já que o processo também envolve treinamento e manutenção, disse o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em entrevista neste domingo (23) a um canal de notícias norte-americano.
Sputnik
Na quinta-feira (20), o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que a Ucrânia vai receber o F-16 até o final do ano.

"Se fosse tomada a decisão de realmente avançar nos F-16 amanhã, levariam meses e meses até que eles estivessem realmente operacionais", acrescentou Blinken.

No início de julho, o diretor do Estado-Maior Conjunto do Pentágono para Operações, tenente-general Douglas Sims II, disse que as condições no campo de batalha na Ucrânia não eram "ideais" para implantar os caças F-16, visto que a Rússia continua a possuir capacidades de defesa aérea.
Os aliados ocidentais começaram a entregar armas para a Ucrânia depois que a Rússia lançou sua operação militar especial em fevereiro de 2022. Seu apoio evoluiu de munições de artilharia leve e treinamento para armas mais pesadas. Nos últimos meses, a Ucrânia tem pressionado seus doadores para fornecer caças. A Rússia sempre alertou contra novas entregas de armas a Kiev.
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Contraofensiva ucraniana 'é difícil'

Falando sobre a contraofensiva ucraniana, Blinken disse que os EUA estimam que ela não atingirá seu estágio final nas próximas semanas e pode levar vários meses mais.

"Ainda estamos relativamente nos primeiros dias da contraofensiva. É difícil [...]. Não vai acontecer nas próximas semanas. Acho que ainda estamos olhando para vários meses", disse Blinken à mídia.

A muito elogiada contraofensiva da Ucrânia começou no início de junho, após meses de atraso devido à falta de suprimentos militares de doadores ocidentais. O Ministério da Defesa da Rússia disse que as tropas ucranianas continuaram tentando, mas não conseguiram avançar nas direções ao sul da República Popular de Donetsk (RPD), Artyomovsk (Bakhmut, na denominação ucraniana) e Zaporozhie. Vários meios de comunicação ocidentais também notaram os fracos resultados da contraofensiva de Kiev, enquanto o próprio presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, admitiu que o progresso foi "mais lento do que o desejado".
O presidente russo, Vladimir Putin, disse neste domingo que a Ucrânia perdeu mais de 26.000 soldados desde o início da contraofensiva.
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