O Fundo Monetário Internacional previu, no Relatório Regular de Supervisão da Economia do Brasil divulgado ontem (31), o crescimento da economia brasileira para 2,1% neste ano e 1,2% para 2024, convergindo ao longo dos anos seguintes para o potencial da economia brasileira no médio prazo em torno de 2%.
Nesta terça-feira (1º), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que as projeções do fundo sobre o Produto Interno Bruto (PIB) "não vão dar certo", uma vez que o Brasil crescerá de forma "sólida e confiável".
"As pessoas vão se surpreender com o Brasil. O FMI vai errar todas as afirmações sobre o PIB, não vão dar certo. Porque o Brasil vai crescer de forma sólida, de forma confiável. E mais importante que só crescer, vamos fazer um crescimento distributivo", afirmou o mandatário citado pelo Correio Braziliense.
Desde que assumiu o governo, Lula tem declarado que o Brasil tem condições de crescer bem acima do patamar médio de 2% ao ano, previsto para os próximos anos pela instituição norte-americana.
"Estou com muita confiança. Quando a gente acredita naquilo que a gente faz, quando temos uma ideia bastante firme daquilo que vai acontecer no final [...] eu sou um cara otimista", declarou.
Ao mesmo tempo, o mandatário acredita que o crescimento deve ser distributivo: "Vamos fazer uma coisa de crescimento distributivo, vai crescendo e vai distribuindo, crescendo e distribuindo. Assim, a vida das pessoas vai crescer de acordo com o Brasil", afirmou.
"Acho que quando o povo percebe que a economia está funcionando, os empregos começam a aparecer, o salário começa a aumentar, a inflação começa a cair. As pessoas começam a perceber que as coisas estão melhorando para elas", reforçou o presidente.
O relatório também observou que a inflação no Brasil, no geral, tem recuado rapidamente desde o pico atingido no ano passado, e elogiou uma proposta de reforma tributária indireta e planos para reestruturar impostos diretos e simplificar as despesas tributárias.
Na visão do FMI, "a mobilização de receitas adicionais ajudará a garantir a sustentabilidade fiscal do Brasil e criar espaço para gastos prioritários".