Panorama internacional

Especialista: Rússia e Turquia devem retomar acordo de grãos e impedir planos dos EUA no mar Negro

Falando à Sputnik, um analista turco vê como necessário atender às exigências da Rússia para um bom funcionamento do corredor de grãos na região.
Sputnik
A Rússia e Turquia devem restaurar o trabalho do corredor de grãos para combater os planos dos EUA no mar Negro, defendeu um especialista turco em declarações à Sputnik.
Comentando a conversa telefônica de quarta-feira (2) entre os presidentes russo e turco Vladimir Putin e Recep Tayyip Erdogan, respectivamente, Ali Gokce sublinhou que a Turquia e a Rússia sentem a necessidade de manter um diálogo regular.

"É importante que durante a conversa telefônica de ontem [2] os líderes tenham chegado a uma série de acordos, inclusive sobre a próxima visita de Putin" à Turquia, disse o cientista político.

Sobre as perspectivas de retomada do acordo de grãos, o especialista deixou claro que é necessário retomar suas atividades e atender às exigências da Rússia.
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"Conforme a estrutura do acordo assinado pela Turquia, Rússia, Ucrânia e ONU, as partes assumiram certas obrigações, cujo incumprimento naturalmente levou à insatisfação da Rússia e à suspensão do acordo. A situação atual pode levar a uma escalada de tensões no mar Negro, o que é favorável aos EUA e à OTAN. O fato é que os EUA, aproveitando-se da instabilidade na região do mar Negro, podem tentar reforçar sua posição na região por meio da OTAN", avaliou Gokce.
Para o analista, um dos principais tópicos de discussão durante a visita de Putin à Turquia será o processo de normalização das relações entre a Turquia e a Síria.
"A questão da normalização das relações entre a Turquia e a Síria ficou um pouco em segundo plano, mas também será discutida de forma abrangente durante a próxima visita do presidente russo, assim como a situação no mar Negro. Acredito que podemos esperar que as partes tomem uma série de decisões concretas sobre essas questões", concluiu ele.
Moscou deixou em 17 de julho o acordo após avisar muitas vezes que não vê o benefício da participação, devido aos navios da Rússia carregados com grãos serem proibidos na prática de deixar o mar Negro no âmbito da iniciativa.
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