De acordo com a Bloomberg, Donald Trump foi indiciado em Atlanta pelos esforços para reverter sua derrota nas eleições de 2020 na Geórgia, acrescentando um quarto processo criminal contra o ex-presidente que tenta seu retorno à Casa Branca.
Desta vez, de acordo com o The New York Times, os áudios da conversa entre Trump e o ex-secretário de Estado republicano da Georgia, Brad Raffensperger, foram trazidos de volta e na íntegra para configurar os supostos crimes dos quais o ex-presidente é acusado.
Os documentos apontam que, além de Trump, um total de 18 réus, dentre os quais estão o ex-prefeito de Nova York Rudolph Giuliani, o ex-chefe de gabinete da Casa Branca Mark Meadows e o ex-funcionário sênior do Departamento de Justiça Jeffrey Clark, teriam envolvimento na tentativa de modificar o resultado das eleições.
Trump, que atualmente lidera as pesquisas sobre seus rivais republicanos na busca pela indicação do partido para disputar as presidenciais, recebe seu quarto indiciamento criminal.
"Trump e os outros réus apontados nesta acusação se recusaram a aceitar que Trump perdeu e, consciente e intencionalmente, se juntaram a uma conspiração para mudar ilegalmente o resultado da eleição em favor de Trump", diz a acusação, afirmando que todos os réus respondem por extorsão.
Ao todo, a promotoria afirma que o grupo enfrenta um total de 41 acusações de supostos crimes, desde fazer declarações falsas, solicitar a funcionários públicos que violem seus juramentos, falsificação, influenciar testemunhas, roubo de computador e perjúrio.
O presidente dos EUA, Joe Biden, quando questionado pela imprensa sobre o caso, respondeu "sem comentários", o que para o The New York Times é uma estratégia de Biden e seus assessores para evitar uma situação em que Trump tente tirar de Biden qualquer tipo de reação, de acordo com fontes não identificadas familiarizadas com o pensamento da Casa Branca, que, por padrão, acredita que presidentes não devem comentar questões jurídicas pendentes.
O polêmico ex-presidente norte-americano chegou a apresentar 45% de apoio na opinião pública, em comparação com 40% para Biden caso a eleição fosse realizada no início de agosto (3), e tem negado qualquer irregularidade, enquanto sua campanha comparou as "perseguições" políticas contra ele e seus apoiadores à "Alemanha nazista dos anos 30".