Operação militar especial russa

Estratégia da OTAN falhou na Ucrânia, reconhece ex-premiê da Itália

Giuseppe Conte, ex-premiê da Itália, deu sua opinião sobre a reação da aliança ao conflito na Ucrânia, que vê como falha tendo em conta os eventos posteriores.
Sputnik
A estratégia da OTAN para o conflito na Ucrânia não levou ao resultado desejado pela aliança e as sanções econômicas impostas à Rússia não paralisaram sua economia, disse no sábado (26) Giuseppe Conte, ex-premiê da Itália (2018-2021).

"A estratégia adotada na área da OTAN, baseada em suprimentos militares contínuos para a Ucrânia e na lógica da escalada, não resultou na esperada derrota militar russa. Foi tudo o contrário. Não houve derrota do Exército russo em Bakhmut [em ucraniano, Artyomovsk em russo], não houve enfraquecimento de suas unidades militares e paramilitares, não houve nada para recuar sob a contraofensiva ucraniana", escreveu o político nas redes sociais.

Conte admitiu que as sanções econômicas impostas à Rússia "não levaram o país à falência, nem deformaram sua economia".
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O ex-primeiro-ministro italiano acrescentou que a possibilidade de desestabilização interna na Rússia se desmoronou "diante do fortalecimento da liderança [de presidente russo Vladimir] Putin e do crescente consenso interno", e que as políticas ocidentais não haviam levado ao isolamento da Rússia.
"O isolamento da Rússia não se concretizou de forma alguma. De fato, a 15ª Cúpula do grupo BRICS, liderado pela Rússia e pela China, acabou de concluir, com a perspectiva concreta de sua expansão em 2024, o que cobriria 45% da população mundial e 38,2% do PIB global", apontou o político.
Conte ressaltou que o conflito na Ucrânia "expôs a incapacidade da União Europeia de elaborar uma estratégia comum eficaz e de expressar uma liderança autônoma", e sublinhou o que disse ser a subordinação dos líderes europeus aos Estados Unidos.
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