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EUA querem mais bases nas Filipinas e dizem que ação não é resposta a 'ameaça' de outros países

As Filipinas permitiram um aumento de bases militares dos EUA no país neste ano. Agora estão ocorrendo discussões para continuar o processo, disse o chefe do comando do Indo-Pacífico americano.
Sputnik
Os Estados Unidos podem buscar acesso a mais bases militares nas Filipinas sob o acordo de defesa conjunta entre os dois países, afirmou na quinta-feira (14) o chefe do comando do Indo-Pacífico americano.
O almirante John Aquilino disse que ele e Romeo Brawner, chefe militar das Filipinas, discutiram a expansão do número de bases que as forças dos EUA poderiam acessar sob o Acordo de Cooperação Reforçada de Defesa (EDCA, na sigla em inglês) entre os dois países.
De acordo com Brawner, o objetivo do EDCA era o treinamento de exercícios e a resposta humanitária e a desastres, pilares fundamentais de uma aliança de décadas entre os dois países, e não relacionados a ameaças à segurança regional.
"O general Brawner e eu fizemos recomendações aos nossos líderes sêniores para a consideração de locais adicionais, mas ainda há trabalho a ser feito", disse Aquilino, sublinhando que os EUA estavam operando no país a convite das Filipinas.
"Todas essas operações conjuntas, até mesmo a seleção de nossos locais do EDCA, não têm nada a ver com os outros países da região do Indo-Pacífico, ou seja, com as ameaças que poderiam vir desses países", apontou ele.
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Aquilino ainda revelou que os dois países planejam concluir um acordo para aumentar o compartilhamento de inteligência.
As Filipinas aumentaram em 2023 o número de bases acessíveis aos militares dos EUA de cinco para nove, uma medida que tem sido vista como provocativa a Pequim, que, junto com muitos especialistas, a vê como devendo aumentar o nível de conflito.
As tensões entre os Estados Unidos e a China na Ásia-Pacífico têm crescido nos últimos anos, com Washington reforçando os movimentos militares nas áreas sob a alçada de "liberdade de navegação" e conduzindo um grande volume de exercícios militares com os outros países. Tal provocou críticas por parte da China, da Rússia e da Coreia do Norte, que qualificam tal como tentativa de formar uma "OTAN asiática" antichinesa.
Enquanto isso, Pequim tem estado envolvida em disputas marítimas com vários de seus vizinhos asiáticos e faz exercícios navais próprios e conjuntos, com a Rússia.
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