No anteriormente indestrutível "muro" de apoio dos maiores patronos da Ucrânia se formaram rachaduras. O Ocidente esteve ombro a ombro com Kiev por um longo tempo, mas no contexto de seus apelos intermináveis por ajuda e enormes doações dos aliados apareceram os primeiros sinais de desacordo.
As relações tensas com a Polônia e a Eslováquia como resultado da disputa comercial e a falta de vontade do Partido Republicano dos EUA de gastar enormes somas em ajuda ao Exército ucraniano levantam dúvidas sobre a continuação do apoio à Ucrânia, observa o artigo.
Como lembra a AP, em julho, após as tentativas fracassadas de Kiev de conseguir novamente a adesão à OTAN, o ministro da Defesa britânico disse que a Ucrânia "deveria ser grata" ao Ocidente.
Nesta semana, novas disputas começaram com os aliados: a Ucrânia queixou-se à Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre a Hungria, a Polônia e a Eslováquia, que proibiram suas importações agrícolas. Esta ação causou indignação nos países mencionados.
Ao mesmo tempo, a ajuda a Kiev também preocupa a Europa de Leste. Assim, o presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, apelou no X (antigo Twitter) aos seus colegas da Ucrânia e da Polônia para "superarem as divergências atuais". Ele também se ofereceu para "facilitar" o diálogo entre eles.
Além disso, a publicação relembra que a questão ucraniana também se tornou um dos tópicos importantes na preparação para as eleições presidenciais nos Estados Unidos. O ex-presidente Donald Trump e seu principal rival nas primárias, Ron DeSantis, defendem o fim do fornecimento de armas a Kiev.
Em geral, o Partido Republicano está insatisfeito com os altos gastos de Washington com o apoio à Ucrânia. Na quinta-feira (21), o senador democrata Joe Manchin admitiu que "as pessoas estão falando sobre quanto dinheiro" é gasto com o Exército ucraniano. Ao mesmo tempo, ele salientou que desta forma os EUA "investem na democracia".