Está na hora de o Ocidente admitir a existência do nazismo na Ucrânia. É o que disse o jornalista irlandês Chey Bowes na rede social X (antigo Twitter).
"Quando os russos disseram que queriam desnazificar a Ucrânia, muitos analistas ocidentais riram deles. Agora é mais difícil rir. Talvez seja a hora de enfrentar a realidade que os meios de comunicação ocidentais ignoraram?", questionou Bowes.
O comentário do jornalista tinha como base a homenagem do Parlamento canadense ao soldado nazista ucraniano Yaroslav Hunka, feita na semana passada.
28 de setembro 2023, 21:32
Yaroslav Hunka foi convidado para uma sessão da Câmara dos Comuns do Canadá em 22 de setembro, no âmbito de uma visita do presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, ao país.
Na ocasião, o então presidente do Parlamento, Anthony Rota, fez um discurso apresentando o veterano nazista, de 98 anos, como um "herói".
Hunka lutou na Primeira Divisão Ucraniana, também conhecida como Divisão Galícia. Essas tropas atuavam em conjunto com a SS, exército paramilitar do Partido Nazista de Adolf Hitler (1889–1945).
O caso expôs a simpatia do regime de Kiev pelo nazismo e continua gerando forte repercussão negativa ao redor do mundo.
Após o episódio, Rota anunciou sua renúncia ao cargo, e o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeu, pediu desculpas por participar da homenagem.