A Ucrânia deve buscar a paz, uma vez que suas perdas atingiram um nível crítico. É o que afirmou o coronel da reserva Douglas McGregor, ex-assessor do Pentágono, em uma postagem na rede social X (antigo Twitter) nesta sexta-feira (29).
"A fase ucraniana da guerra acabou. Eles [ucranianos] estão perdendo soldados a uma taxa comparável às perdas das forças aliadas durante a Primeira Guerra Mundial na frente ocidental. Todos os dias, lutando na frente ocidental, em 1918, perdemos uma média de mil pessoas por dia", escreveu McGregor.
Coronel da reserva, Douglas McGregor serviu por vários anos no Exército dos Estados Unidos, entre 1976 e 2004, tornando-se, posteriormente, autor, consultor e analista. Ele foi conselheiro do Departamento de Defesa dos EUA durante a gestão do secretário Christopher Miller.
As perdas ucranianas apontadas por McGregor já vinham se refletindo no crescente número de soldados que se rendem às Forças Armadas da Rússia. Em 14 de setembro, soldados ucranianos se renderam sem oferecer resistência na região de Zaporozhie.
Na terça-feira (26), três soldados ucranianos contataram militares russos na região de Svatovo, na República Popular de Lugansk (RPL), para comunicar a intenção de se render. O grupo também entregou caixas de munições aos militares russos.
Na Ucrânia, homens em idade de combate estão fugindo do alistamento para evitar o que consideram morte certa lutando pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Diante da falta de homens, o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, vem convocando até mesmo pessoas com deficiência.
Ademais, a superioridade das forças russas já foi reconhecida até mesmo pela mídia ocidental. Em junho, o The New York Times publicou um artigo alertando para as altas perdas da Ucrânia na frente de combate.
No início deste mês, McGregor informou que, diante do alto número de perdas, já há dentro das Forças Armadas da Ucrânia um debate interno sobre depor o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky.
Desde o início de junho as Forças Armadas da Ucrânia vêm tentando avançar em Zaporozhie e Artyomovsk (Bakhmut, em ucraniano), com tropas treinadas e armadas pela OTAN.
No entanto a ofensiva se mostrou um fracasso, como advertiu o presidente russo, Vladimir Putin.