Os ministros das Relações Exteriores da Rússia e da China, Sergei Lavrov e Wang Yi, respectivamente, se reuniram na última segunda-feira (16) em Pequim, na véspera do 3º Fórum do Cinturão e Rota para Cooperação Internacional. Além de coordenar posições e ações estratégicas na ONU, na Organização para Cooperação de Xangai (OCX) e no BRICS, os diplomatas debateram o agravamento da situação no Oriente Médio.
Para Zhou Rong, a harmonização das posições da China e da Rússia fortalece o poder conjunto frente aos países árabes na busca de uma resolução pacífica para a crise entre Israel e a Palestina.
Segundo o especialista, as atuais reuniões entre a China e a Rússia sobre o conflito do Hamas com Israel são muito oportunas. Até agora, existem divergências no mundo sobre esta questão e não existe uma opinião unificada entre os países árabes ou no mundo ocidental. Mas o objetivo continua a ser comum a todos: a esperança de criar um corredor humanitário.
"A China expressou a sua posição. Expressou a esperança de que Israel não se envolva em ultrapassar os limites da defesa necessária. A Rússia mantém a mesma atitude nos pontos principais. A harmonização das posições da Rússia e da China sobre esta questão contribuirá para avançar negociações de paz entre as partes imediatas do conflito ou mesmo negociações envolvendo outros países do Oriente Médio", disse Rong.
Isto também é de particular importância à luz do terceiro Fórum do Cinturão e Rota. Em uma perspectiva mais profunda, a China e a Rússia não devem apenas desenvolver ativamente as relações bilaterais, mas também trocar opiniões sobre questões internacionais e regionais, na medida do possível, e tentar alcançar a compreensão e o consenso mútuos.
"Além disso, a China e a Rússia mantêm relações amistosas tanto com Israel como com os países árabes. Podemos afirmar que ambas as nações são vistas no cenário internacional como apoiantes da paz e das negociações, ao contrário dos Estados Unidos e de outros países ocidentais", acrescentou o especialista.