Os
20 anos do Programa Bolsa Família foram celebrados nesta sexta-feira (20), com a participação por videoconferência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que
se recupera de uma cirurgia no quadril.
Na solenidade, que ocorreu no Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Lula, ao lado da primeira dama, Janja Lula da Silva, ressaltou que o programa é uma das principais ferramentas do Brasil para voltar a sair do Mapa da Fome, ao garantir renda, frequência escolar e acompanhamento nutricional e de vacinas.
Em março, o Programa Bolsa Família foi relançado pelo governo federal, em novo formato, aumentando para R$ 600 o valor mínimo para cada família, além de garantir outros repasses de acordo com a composição familiar.
Cerca de 10% da população brasileira passavam por situação de insegurança alimentar severa entre 2020 e 2022, de
acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), e quase
33% encontram-se em situação de insegurança alimentar severa ou moderada, cerca de 70 milhões de brasileiros.
De acordo com o MDS, o primeiro pagamento do Bolsa Família, realizado em outubro de 2003, contemplou 1,15 milhão de famílias, com um repasse de R$ 84,74 milhões. Cada família recebeu, em média, R$ 73,67. O programa foi um dos responsáveis por tirar o Brasil do Mapa da Fome, em 2014.
Dados do Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social, citados pelo MDS, apontam que mais de 64% das crianças e dos adolescentes que recebiam o Bolsa Família em 2005 deixaram o Cadastro Único (CadÚnico) até 2019, com a inserção desse público no mercado formal de trabalho.
Em seu discurso na solenidade, Lula chamou a ação do grupo Hamas contra Israel de terrorista pela primeira vez, desde o início do conflito, em 7 de outubro.
Ele voltou a
condenar as mortes de crianças, mulheres e idosos no conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas, que já matou mais de 4 mil pessoas e mais de 1,5 mil crianças na Faixa de Gaza:
"Não é possível tanta irracionalidade, não é possível tanta insanidade, que as pessoas façam uma guerra tendo em conta que as pessoas que estão morrendo são mulheres, pessoas idosas, crianças que não estão tendo sequer o direito de viver", disse ele.