Panorama internacional

Kiev precisa admitir a perda de territórios e iniciar negociações de paz, diz jornalista americano

Segundo Ted Welsh, jornalista do Hartford Courant, Kiev terá de engolir a pílula amarga que será desistir de territórios de língua russa que são lar de muitos apoiadores de Moscou.
Sputnik
É hora de a Ucrânia aceitar a perda de territórios e iniciar negociações de paz com a Rússia antes que seja tarde demais, escreveu Ted Welsh, colunista do Hartford Courant.
"Desistir de territórios seria uma pílula amarga que a Ucrânia teria de engolir. Muitos destes territórios são de língua russa e abrigam grande número de apoiadores de Moscou", observou.
Quanto à Crimeia, o Ocidente "há muito que aceitou calmamente o seu destino como território russo", escreveu o jornalista.
Segundo Welsh, já não se vislumbra um momento mais favorável para o início das negociações entre a Rússia e a Ucrânia. "Agora é a hora de agir", concluiu o jornalista.
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Como enfatizou Vladimir Putin, Moscou não pretende girar o volante do conflito ucraniano, mas sim acabar com ele. Ao mesmo tempo, os países ocidentais falam constantemente sobre a necessidade de continuar com as hostilidades, aumentar o fornecimento de armas a Kiev e treinar combatentes das Forças Armadas Ucranianas nos seus territórios. O líder russo observou que se Kiev quiser iniciar um diálogo, terá de cancelar o decreto que proíbe as negociações de paz com a Rússia, assinado pelo presidente ucraniano, Vladimir Zelensky.
O Kremlin indicou que não existem no momento pré-requisitos para a transição da situação na Ucrânia para uma direção pacífica; a prioridade absoluta para a Rússia continua a ser alcançar os objetivos da operação especial, que até agora só é possível através de meios militares.
A Crimeia tornou-se uma região russa em março de 2014, após um referendo realizado em decorrência do golpe de Estado na Ucrânia. As regiões de Kherson e Zaporozhie, bem como a República Popular de Donetsk (RPD) e a República Popular de Lugansk (RPL) tornaram-se russas na sequência dos resultados de um plebiscito realizado em setembro de 2022.
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