A decisão foi tomada após o primeiro-ministro, António Costa, apresentar sua demissão na última terça-feira (7), quando foi deflagrada uma megaoperação anticorrupção que tem o próprio premiê como um dos investigados.
Antes de tomar a decisão, o presidente se reuniu com as lideranças de todos os partidos com representação parlamentar, além de ter convocado uma sessão do Conselho de Estado.
Renúncia
O primeiro-ministro português, António Costa, apresentou sua demissão ao presidente da República nessa terça-feira (7), após o Ministério Público anunciar que Costa é alvo de uma investigação autônoma do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) sobre projetos de lítio e hidrogênio.
A polícia realizou cerca de 40 buscas na manhã de terça-feira (7), incluindo à residência oficial de Costa, o Palácio de São Bento, o Ministério das Infraestruturas e o Ministério do Ambiente e Ação Climática.
O chefe de gabinete do premiê, Vítor Escária, e o empresário Diogo Lacerda Machado, amigo próximo de Costa encarregado da nacionalização da companhia aérea TAP, foram detidos. As ações se enquadram em uma investigação aos projetos de exploração de lítio em Montalegre, segundo a SIC Notícias.
"Obviamente apresentei minha demissão. Encerro com a cabeça erguida e a consciência tranquila. Não me pesa na consciência a prática de qualquer ato ilícito ou sequer de qualquer ato censurado", disse Costa em pronunciamento ao país, no qual negou participação nas irregularidades.
O presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, foi detido, bem como dois dirigentes da empresa. Os ministros do Ambiente, Duarte Cordeiro, e das Infraestruturas, João Galamba, bem como o ex-ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, serão constituídos como pessoas de interesse nas investigações.