O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, informou que seu governo pretende manter o controle sobre a Faixa de Gaza após as Forças de Defesa de Israel (FDI) eliminarem o Hamas.
Segundo noticiou o jornal israelense Haaretz, a declaração do primeiro-ministro foi dada em uma reunião com autoridades do governo.
"Após a eliminação do Hamas, o controle de segurança de Israel será estabelecido na Faixa de Gaza, incluindo a desmilitarização total [no enclave], de modo a garantir a ausência de ameaças provenientes de Gaza", disse Netanyahu.
Desde o dia 7 de outubro, após um ataque sem precedentes do Hamas, as FDI realizam uma operação na Faixa de Gaza. A ofensiva israelense iniciou com bombardeios aéreos, seguidos de uma incursão terrestre.
A ofensiva israelense é alvo de fortes críticas da comunidade internacional. O número de mortos do conflito entre Israel e o Hamas já ultrapassa 11 mil só na Faixa de Gaza, onde se concentram os ataques, e mais de 27,4 mil pessoas ficaram feridas. De acordo com as autoridades palestinas, 70% dos óbitos são de crianças, mulheres e idosos. No lado israelense, mais de 1,4 mil pessoas morreram e outras 5,6 mil ficaram feridas.
Na última terça-feira (7), o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, apelou ao ministro de Assuntos Civis da Autoridade Nacional Palestina por um cessar-fogo e pela liberação dos russos presentes na Faixa de Gaza.
O presidente russo, Vladimir Putin, classificou a situação no Oriente Médio como uma tragédia humanitária e criticou o governo israelense por se valer do princípio da responsabilidade coletiva, punindo pessoas inocentes pelas ações do Hamas.