Panorama internacional

Exército de Israel inicia ataques ao hospital Al-Shifa, em Gaza

As Forças de Defesa de Israel (FDI) informaram que estão conduzindo uma operação "precisa e direcionada" no centro médico Al-Shifa, o maior hospital da Faixa de Gaza, na noite desta terça-feira (14).
Sputnik
Filmagens registradas por médicos palestinos mostram a equipe de saúde tentando evacuar pacientes da unidade de tratamento intensivo (UTI) de dentro do hospital após os ataques.

"Com base em informações de inteligência e na necessidade operacional, as FDI estão conduzindo uma operação precisa e direcionada contra o Hamas em uma área específica do hospital Al-Shifa", disse o Exército em um comunicado.

Poucas horas antes, o Exército israelense notificou oficialmente o hospital Al-Shifa de que invadiria o local, informou o gabinete de mídia do governo de Gaza em comunicado, responsabilizando a comunidade internacional e os Estados Unidos pela segurança de milhares de equipes médicas, feridos e deslocados.
O hospital estava cercado por tropas das FDI desde cedo.
Mais cedo, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse, sem apresentar provas de suas alegações, que Estados Unidos haviam identificado que o hospital Al-Shifa era usado pelos movimentos palestinos Hamas e Jihad Islâmica para suas operações de guerra contra Israel.
O Hamas classificou as declarações do Pentágono sobre o uso militar de hospitais pelo movimento como uma "luz verde" para Israel realizar ataques mais brutais às instalações médicas.
Panorama internacional
'Tivemos que enterrar 179 pessoas em uma vala comum', conta diretor de hospital em Gaza
O número de mortos nos ataques israelenses em Gaza atingiu 11.240, incluindo 4.630 crianças, informou o escritório de mídia de Gaza ainda nesta terça-feira.
A Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou anteriormente que os números fornecidos pelo Ministério da Saúde palestino provaram ser consistentes e não há razão para contestá-los.
Já o secretário-geral da ONU, António Guterres, declarou na semana passada que o número de civis mortos indica que "algo está claramente errado" com as operações militares de Israel.
Comentar