Filmagens registradas por médicos palestinos mostram a equipe de saúde tentando evacuar pacientes da unidade de tratamento intensivo (UTI) de dentro do hospital após os ataques.
"Com base em informações de inteligência e na necessidade operacional, as FDI estão conduzindo uma operação precisa e direcionada contra o Hamas em uma área específica do hospital Al-Shifa", disse o Exército em um comunicado.
Poucas horas antes, o Exército israelense notificou oficialmente o hospital Al-Shifa de que invadiria o local, informou o gabinete de mídia do governo de Gaza em comunicado, responsabilizando a comunidade internacional e os Estados Unidos pela segurança de milhares de equipes médicas, feridos e deslocados.
Mais cedo, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse, sem apresentar provas de suas alegações, que Estados Unidos haviam identificado que o hospital Al-Shifa era usado pelos movimentos palestinos Hamas e Jihad Islâmica para suas operações de guerra contra Israel.
O Hamas classificou as declarações do Pentágono sobre o uso militar de hospitais pelo movimento como uma "luz verde" para Israel realizar ataques mais brutais às instalações médicas.
O número de mortos nos ataques israelenses em Gaza atingiu 11.240, incluindo 4.630 crianças, informou o escritório de mídia de Gaza ainda nesta terça-feira.
A Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou anteriormente que os números fornecidos pelo Ministério da Saúde palestino provaram ser consistentes e não há razão para contestá-los.
Já o secretário-geral da ONU, António Guterres, declarou na semana passada que o número de civis mortos indica que "algo está claramente errado" com as operações militares de Israel.