"Acreditamos que a contribuição no âmbito do BRICS será fundamental para criar precisamente este processo de desdolarização", declarou o chanceler venezuelano, acrescentando que a medida pode "proteger da aplicação de sanções com o uso de a hegemonia do dólar como meio de pressão política sobre os nossos governos".
Além disso, garantiu que a Venezuela está disposta a aderir ao BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) como membro pleno o mais rápido possível e agradeceu o apoio obtido do governo da Rússia para obter o status de parceiro observador do BRICS, categoria que permite ao país participar em diferentes instâncias da organização.
Gil destacou ainda outras conquistas, sobretudo na área da comunicação financeira entre os Bancos Centrais dos dois países, apontando para o "intercâmbio cada vez mais fluido em questões técnicas e tecnológicas". Ao avançar nesta direção, nas suas palavras, a Venezuela e a Rússia serão capazes de "estabelecer o comércio em moedas locais".
Argentina, Egito, Etiópia, Arábia Saudita, Irã e Emirados Árabes Unidos vão se juntar ao grupo a partir de 1º de janeiro de 2024. Em maio deste ano, Belarus também solicitou aos países do BRICS a admissão nesta associação.
Pouco antes da reunião, Gil indicou que as relações entre a Rússia e a Venezuela estão em seu melhor momento.
"As relações entre a Rússia e a Venezuela atravessam atualmente o seu melhor período e com muito bons resultados", destacou Gil, transmitindo uma mensagem de saudação do presidente venezuelano Nicolás Maduro ao seu homólogo russo Vladimir Putin e outra mensagem de saudação da vice-presidente Delcy Rodríguez ao ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov.