A China e a Arábia Saudita assinaram um acordo de swap de divisas no valor de cerca de US$ 7 bilhões (R$ 37,17 bilhões), no que foi o mais recente passo para expandir o comércio não petrolífero bilateral, cita na segunda-feira (20) a agência norte-americana Bloomberg.
Os bancos centrais dos dois países chegaram assim a um acordo de três anos para um máximo de 50 bilhões de yuans ou 26 bilhões de riais.
Ele "ajudará a fortalecer a cooperação financeira" e "facilitará o comércio e o investimento mais convenientes" entre os dois países, disse o Banco Popular da China em um comunicado, com o banco central saudita dando comentários semelhantes.
O acordo é o mais recente sinal de reforço das relações entre Pequim e Riad, lembra a Bloomberg. Embora a Arábia Saudita seja há muito tempo um dos principais fornecedores de petróleo da China, os laços comerciais se expandiram nos últimos anos, com a Saudi Aramco investindo bilhões de dólares no setor petroquímico da China e Riad tentando atrair empresas chinesas de tecnologia. A China é a maior parceira comercial da Arábia Saudita.
Em março, a China também intermediou uma reaproximação entre a Arábia Saudita e o Irã. Também nesta segunda-feira (20) uma delegação do Oriente Médio liderada pelo ministro das Relações Exteriores saudita viajou a Pequim para conversações sobre a desescalada da guerra entre Israel e Hamas.
Em agosto, a Arábia Saudita foi convidada a participar do BRICS, composto pela África do Sul, Brasil, China, Índia e a Rússia. Espera-se que ela entre em janeiro, juntamente com países como o Irã e os Emirados Árabes Unidos. A Argentina, junto com o Brasil, acordou usar um swap com a China, e concluiu as formalidades de adesão ao BRICS. No entanto, a administração de direita do recém-eleito presidente Javier Milei deixou claro que inverterá o processo.
Os bancos centrais globais utilizaram swaps chineses em um nível recorde no primeiro trimestre deste ano, indicando a crescente proeminência internacional do yuan e das moedas locais usadas pelos parceiros da China, em vez do dólar, sublinha a Bloomberg.