"Estamos vivendo em situação caótica esperando […] a mina, que é mais próxima dos moradores do Bom Parto. […] [Ela] está em fase crítica, com o teto da caverna prestes a cair. Boa parte já está caindo […]. Nós estamos esperando pra ver o que vai acontecer com todo o restante das minas, se vai afetar o bairro todo ou apenas uma parte", conta à Sputnik Brasil.
"Bom Parto já não era tão fácil. Hoje, com essa possibilidade do chão ceder, só piora. Além de tudo, é muito perceptível que a empresa [Braskem] não está nem aí para os moradores, para a população de modo geral", desabafa.
"Eu precisava sair de onde estava com a minha mãe para outro lugar. Ela já era muito idosa e já havia se acidentado algumas vezes devido aos buracos causados pelos abalos [sísmicos] da terra. Foram dois anos de muita luta até conseguirmos nos realocar", desabafa.
"Esse acordo demorou também a ser traçado. Porque primeiro eles queriam que a gente saísse da área. Nós saímos. Sem saber nem que acordo seria esse. E eles pagariam um apartamento para a gente, mas no valor de R$ 1 mil", detalhou.