"Sendo Cingapura membro da ASEAN [sigla em inglês para Associação de Nações do Sudeste Asiático], facilitará o acesso do Mercosul ao comércio asiático como um todo. O comércio atual, de 8 bilhões de dólares [aproximadamente R$ 39 bilhões], entre o Brasil e Cingapura é considerado significativo, sendo a China o único parceiro comercial asiático de maior magnitude. É um marco histórico", disse à Sputnik Brasil.
"Esse acordo não apenas fortalece os laços econômicos, mas também serve como a primeira parceria do Brasil com a Ásia, abrindo portas para diversos produtos brasileiros", destaca.
"É absolutamente vantajosa para o Brasil essa porta de entrada. Para Cingapura é interessante também, porque vai consumir o produto do agronegócio brasileiro e argentino, especialmente, com grande vantagem. Também haverá uma possibilidade muito ampla para o Mercosul de receber investimentos, principalmente de setores estratégicos em termos de tecnologia", aposta o especialista.
"Cingapura tem um potencial tecnológico muito alto em vários setores, na indústria de transformação, na própria indústria eletrônica. Isso tudo, com a abertura comercial, com a abertura de livre comércio, Cingapura vai ter muito mais facilidade para vender esses serviços tecnológicos e, principalmente, vender produtos tecnológicos", pontua.
"Sendo o segundo maior parceiro comercial do Brasil após a China, Cingapura emerge como uma peça-chave na facilitação de exportações brasileiras para o Sudeste Asiático", crava o especialista.